O procedimento
As cirurgias por robótica são opções terapêuticas menos invasivas do que em cirurgias abertas, e ainda mais sensíveis do que na laparoscópica. O sistema Da Vinci oferece recursos de última geração como a visualização do campo cirúrgico em três dimensões, uma programação para a eventual filtragem de tremores, opção importante nos casos de cirurgias mais longas e cansativas, entre outros recursos. Em comum com a Laparoscopia está o acesso ao local a ser tratado, com pequenos furos por onde passam a câmera e os equipamentos cirúrgicos.
Ao contar com uma técnica de maior precisão, o paciente pode ter alta hospitalar em até dois dias, dependendo do procedimento, menor tempo de recuperação, que chega a cair de 15 para sete dias nos casos de retirada de câncer de próstata, além de menor risco de sangramento e de dor pós-operatória.
Futuro da medicina
A robótica é a evidência do futuro da medicina. A cirurgia aberta não possui tecnologia envolvida e a laparoscopia possui algumas limitações, como a impossibilidade de aproximar a imagem (zoom) e a rigidez da pinça. Na robótica, o médico tem, por meio do console, a possibilidade de simular o movimento do punho com visão de 360 graus.
Entre as vantagens da robótica destacam-se a atuação mais precisa e segura do cirurgião, com melhores resultados devido às imagens Full HD em 3D, fundamentais para dar a dimensão de profundidade; Total segurança no manuseio dos instrumentais, uma vez que o equipamento conta com dispositivos de segurança diante do comando do console; Melhor desempenho do movimento durante os procedimentos, chegando a até 360° de rotação, permitindo ao cirurgião alcançar estruturas que nenhuma outra modalidade cirúrgica oferece e, para o paciente, oferece menor risco de infecção, reduz perda de sangue e o tempo de cirurgia, o que proporciona uma recuperação mais rápida.
Cirurgias inéditas
O Dr. Domene, juntamente com sua equipe Dra. Paula Volpe e Dr. Sérgio Roll, realizou pela primeira vez no País a cirurgia de hérnia abdominal complexa, a T.A.R., por robótica. Esse foi um dos três primeiros procedimentos realizados no mundo, segundo o médico, e é considerado uma inovação importante para a medicina já que, até o momento, a opção terapêutica disponível era a cirurgia aberta.
Cirurgia Robótica no Aparelho Digestivo
A cirurgia robótica foi introduzida a partir do ano 2000, e vem tendo um aumento acentuado em suas indicações desde então. As cirurgias que são realizadas por via laparoscópica podem ser feitas através do robô, com mais acurácia e segurança.
O uso do robô Da Vinci favorece uma cirurgia menos invasiva, com visualização muito melhor dos órgãos que estão sendo operados – a visão do cirurgião é em três dimensões - , tornando-se menos invasiva e levando a menor trauma dos tecidos.
Quem controla os movimentos do robô é o cirurgião que, através de um console especial, controla tudo o que acontece dentro do corpo. As pinças tem um movimento mais delicado e preciso devido a esta interface entre os braços do cirurgião e os órgãos do paciente que está sendo operado.
As pinças robóticas foram especialmente desenhadas para simular os movimentos das mãos do cirurgião, permitindo uma destreza nunca alcançada pela cirurgia laparoscópica.
O robô auxilia que o cirurgião treinado realize suas cirurgias com mais segurança e precisão.
No aparelho digestivo, praticamente todas as cirurgias podem ser realizadas através da assistência do robô.
Na cirurgia da obesidade permite melhor acesso aos órgãos, visualização maximizada e grande precisão nas suturas. Cirurgia do esôfago – doença do refluxo, esofagite, acalasia, megaesôfago e câncer – determina uma cirurgia precisa, anatômica, de menor agressão. Quando se opera o intestino o robô permite liberação precisa das estruturas, preservando nervos e vasos que ajudam a conservar funções importantes para os pacientes.
As cirurgias assistidas pelo robô ajudam sobremaneira o cirurgião a trazer maior benefício e segurança para seus pacientes.
No aparelho digestivo, praticamente todas as cirurgias podem ser realizadas através da assistência do robô. Na cirurgia da obesidade permite melhor acesso aos órgãos, visualização maximizada e grande precisão nas suturas. Na cirurgia do esôfago determina uma cirurgia precisa, anatômica, de menor agressão. Quando se opera o intestino o robô permite liberação precisa das estruturas, preservando nervos e vasos que ajudam a conservar funções de continência e potência, importantes para os pacientes. As cirurgias assistidas pelo robô ajudam sobremaneira o cirurgião a trazer maior benefício e segurança para seus pacientes, principalmente quando há anastomoses ou dissecções que exigem alta precisão e visualização privilegiada; reoperações ou revisões são, desta forma, muito melhor realizadas com o auxílio do robô. O duplo console permite que outro cirurgião possa auxiliar ou interferir, facilitando o treinamento durante a curva de aprendizado.
No entanto, talvez a maior importância dessa nova tecnologia esteja no novo paradigma introduzido na cirurgia: a existência de um aparelho (chamado de robô na falta de melhor denominação) que permite o uso de programas de computador para a execução de tarefas. Nenhuma outra plataforma cirúrgica, no presente momento, tem esta característica. As pinças laparoscópicas são controladas diretamente pelas mãos do cirurgião e, à exceção das pinças de energia, pouco foram modificadas nos últimos vinte anos.
Por outro lado, são sobejamente conhecidos os incríveis avanços na medicina diagnóstica a partir da introdução de programas de computador nos equipamentos de imagem e intervencionistas; novidades nestas áreas acontecem quase diariamente.
Esta mesma característica está agora à disposição do cirurgião. Programas de computador podem, por exemplo, ser inseridos para permitir acesso a exames durante a cirurgia; identificação de gânglios linfáticos comprometidos por tumor, diferenciação de vasos, nervos e outros tecidos. Partindo dessa premissa, as possibilidades são quase infinitas de agregar novas tecnologias no futuro.
Já está comercialmente disponível a tecnologia do uso de corante verde que, injetado por veia periférica, liga-se a proteínas sanguíneas. Através de uma câmera especial de fluoroscopia, o cirurgião pode identificar diferenças entre células sadias ou tumorais; checar o suprimento vascular do parênquima ou víscera; identificar a via biliar durante colecistectomias. O cirurgião pode rapidamente mudar da imagem normal para a câmera fluoroscópica. Isto permite uma remoção mais acurada de tumores; realizar anastomoses intestinais mais seguras por certificar-se da adequada irrigação das extremidades; aumentar a segurança das colecistectomias difíceis, onde a anatomia é imprecisa ou muitas vezes anômala. Já foi dito que, como esta tecnologia permite muito melhor acurácia na identificação das estruturas do hilo hepático e diminui o risco de lesão inadvertida da via biliar, poderia considerar-se antiético não oferecer esta tecnologia para o paciente.